19 de out. de 2010

Gravidez Ectópica
Há gravidez ectópica( GE) quando a gestação se desenvolve fora do útero. Os locais mais comuns são as trompas( mais de 90% das vezes), a cavidade abdominal( 1 a 2% dos casos) e os ovários( em torno de meio porcento). Há ainda a implantação do ovo no canal cervical do útero em 0,1% das vezes- neste caso o termo melhor é gravidez heterotópica.


Ocorre em uma frequência muito variável, em geral é em torno de 1% das gestações. É afecção mais presente entre as jovens com elevada atividade sexual e baixo poder sócio-econômico. Tende a repetir-se em 10% das vezes( a mulher acometida tem seu risco de ter novamente aumentado de 10 a 20 vezes se comparado com o risco da população geral).


São aspectos predisponentes: idade materna avançada, a disfunção hormonal( irregularidades menstruais), as deficiências nutricionais, a infertilidade, a baixa  condição sócio-econômica, o histórico de doença inflamatória pélvica( DIP).


Dentre os mecanismos aventados, destaca-se o do desequilíbrio hormonal, que
causaria alongamento do período proliferativo do ciclo menstrual e diminuição da fase lútea, daí haveria hemorragia uterina por deprivação hormonal( menstruação) com deslocamento do ovo e gravidez ectópica. Este desequilíbrio
hormonal seria responsável, também, pelo retardo na transmigração do óvulo.
Outro mecanismo frequentemente relacionado como causa de GE é o do encurtamento do diâmetro do canal da trompa. Isto pode ser uma afecção congênita ou ser o resultado de uma DIP. Este bloqueio parcial funcionaria como um filtro: o espermatozóide passa para fertilizar o óvulo, pois é pequeno; o óvulo fertilizado( ovo) não passa, posto que é grande.